tag:blogger.com,1999:blog-55775526919659862322024-03-27T16:53:23.812-07:00Energy DrinksIdentidade, Qualidade e Rotulagem sob o Olhar da Saúde Pública.Blog LabConsShttp://www.blogger.com/profile/14239732660289649150noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-5577552691965986232.post-61422945720266153252011-02-02T12:47:00.001-08:002011-02-02T13:55:07.206-08:00A bebida da balada<div style="text-align: center; font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 255);"><span style="color: rgb(0, 0, 153);">O que se sabe sobre os energéticos e o que os põe sob suspeita médica?</span><br /></div><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5W46x8J5dtqJbbk6MmLGzx4mwkQluznHhNFhr92PJSyvX0XNzXVsvIt3wjmL38LVgENx8GwAawDPKNvtdLwEeqpG2ZrQnWR7Tv1XLQAZLaHLjZibX_WNtOzr_S8SFrTYDeTdY_Ps3AYQ/s1600/BLOGE1.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 403px; height: 403px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5W46x8J5dtqJbbk6MmLGzx4mwkQluznHhNFhr92PJSyvX0XNzXVsvIt3wjmL38LVgENx8GwAawDPKNvtdLwEeqpG2ZrQnWR7Tv1XLQAZLaHLjZibX_WNtOzr_S8SFrTYDeTdY_Ps3AYQ/s400/BLOGE1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569200938618785746" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn3xGWLjxqkNHUak5dSXy7yAO3CTB4Zib_m4-es5fheSMgQUbZQaZW2uAZ4Wma1cDixHGq-crkTJDku-GcZItbqAdJHVQMBWFG403szMdj6nWRQex8EiCp_wekjAkXQ3girW2T0bx0LC0/s1600/BLOGE2.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 405px; height: 416px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn3xGWLjxqkNHUak5dSXy7yAO3CTB4Zib_m4-es5fheSMgQUbZQaZW2uAZ4Wma1cDixHGq-crkTJDku-GcZItbqAdJHVQMBWFG403szMdj6nWRQex8EiCp_wekjAkXQ3girW2T0bx0LC0/s400/BLOGE2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569200874391626642" border="0" /></a><br /><br /><div style="text-align: justify;">Elas são doces, levemente gaseificadas, têm sabor de fruta e prometem energia e disposição. A combinação parece perfeita para quem deseja uma dose extra de ânimo naqueles dias em que o corpo está exausto, mas a noite promete ser longa e agitada. Os energéticos são a bebida das baladas. Não contêm álcool – mas ele é encontrado, em altas doses, no corpo de mais da metade de seus usuários. Um hábito está associado ao outro. É por isso, entre outras razões, que os energéticos estão na mira das autoridades de saúde. Até que ponto eles podem agredir ou ajudar seu corpo?<br /></div><a name='more'></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTHDFEv3BudEC-CCPbmMlIJL3fdCRLspYx1mmEQfZ3Pq89uA-_pjDc8i8YqVN170ScGv4lQBcbXW_CtfsHJHKK0EuLLu1WEB3IUwDQp_Wqyqr141_i6ofwQQ6oLG1AmGwy98Y2UWTR5us/s1600/BLOGE3.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 424px; height: 335px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTHDFEv3BudEC-CCPbmMlIJL3fdCRLspYx1mmEQfZ3Pq89uA-_pjDc8i8YqVN170ScGv4lQBcbXW_CtfsHJHKK0EuLLu1WEB3IUwDQp_Wqyqr141_i6ofwQQ6oLG1AmGwy98Y2UWTR5us/s400/BLOGE3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569200798077537298" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTq4urxKaGZdNbSq9MidpYyPKPIzH78rmwgcv9-U9pL99bd673U0w4q4_jx_7vWVUrtw7L3nHgMr2BNFq1p95iEhZbUAObndEOzzOVuIiJMuf0xpWMkjkGpirdyCd-ud1mvZkbD0e_StU/s1600/BLOGE4.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 342px; height: 500px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTq4urxKaGZdNbSq9MidpYyPKPIzH78rmwgcv9-U9pL99bd673U0w4q4_jx_7vWVUrtw7L3nHgMr2BNFq1p95iEhZbUAObndEOzzOVuIiJMuf0xpWMkjkGpirdyCd-ud1mvZkbD0e_StU/s400/BLOGE4.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569200668402165074" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><br /><br /><br />Um dos mais abrangentes estudos feitos com essas bebidas será publicado em fevereiro na revista científica americana Alcoholism: Clinical & Experimental Research. Pesquisadores de três universidades americanas acompanharam a rotina de mais de 1.000 estudantes universitários. A primeira conclusão é que os jovens que misturam energéticos com álcool relatam se sentir menos bêbados do que de fato estão. O sujeito perde a coordenação motora, fica com os reflexos lentos e tem dificuldade para organizar as ideias, mas acha que está 100%. "Ele acha que está apto para tudo, mas seu estado pode ser descrito como embriaguez desperta", diz Amelia Arria, da Universidade de Maryland, uma das autoras da pesquisa.<br /><br />A segunda conclusão é uma consequência da primeira. Por mascararem os efeitos de sonolência causados pelo álcool, os energéticos impulsionam o consumo exagerado de bebida. "A pessoa acha que está melhor do que realmente está, por isso bebe ainda mais", diz Amelia. O estudo também revela o que boa parte das pessoas já sabia: os jovens que consomem energéticos em maior quantidade (52 vezes ou mais por ano) são também os que se embriagam mais cedo e com maior frequência.<br /><br />Energéticos são bebidas que contêm estimulantes cerebrais, como cafeína e taurina, que agem no sistema nervoso, aumentando o estado de atenção do indivíduo. Essas substâncias também estão presentes no café, no chocolate e no refrigerante. Em doses moderadas (uma latinha, que contém 79 miligramas de cafeína, equivale a pouco mais de uma xícara de café) e sem a mistura com álcool, são substâncias que não apresentam riscos à saúde, dizem os especialistas. "Já para diabéticos, idosos e pessoas sensíveis á cafeína, os energéticos podem apresentar risco cardiovascular" diz Sionaldo Eduardo Ferreira, pesquisador da área de Educação Física e Psicobiologia, com ênfase em comportamentos abusivos, da Unifesp.<br /><br />Mas, da forma como são consumidas, os jovens ultrapassam facilmente o limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de 200 miligramas. Isso equivale a duas latas e meia. O ator e modelo paranaense Junior Mariano, de 23 anos, diz já ter consumido cinco latinhas de energéticos em uma noite. "Eu misturo com vodca para suavizar o gosto do álcool", diz. "Fica mais gostoso." Ele conta que quando exagera na dose sente o coração acelerado e tem dificuldade para dormir. Algumas marcas tentam associar o efeito da bebida ao de algumas drogas. O fabricante de um energético chamado "cocaine" (cocaína, em inglês) foi obrigado a mudar o nome de seu produto e suspender o vídeo de divulgação do produto. Nele, um jovem aparece cheirando a latinha antes de colocá-la na boca. "Eles tentam passar a ideia do efeito da droga e isso é muito perigoso", diz o pesquisador Bruno Gualano, da Escola de Educação Física e esporte da USP, que estuda a influência da nutrição no desempenho motor.<br /><br /></div><div style="text-align: justify;">O que diz a Red Bull<br />"O Red Bull Energy Drink está disponível em mais de 160 países porque as autoridades de saúde em todo o mundo concluíram que o produto é seguro para consumo. Cerca de 30 bilhões de latas foram consumidas desde que foi criado, há 24 anos . O consumo bebidas energéticas combinada com bebidas alcoólicas não é recomendado, conforme indicado na lata do produto".<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />O primeiro energético a chegar às prateleiras foi o Red Bull, lançado na Alemanha em meados de 1987. No Brasil, a marca desembarcou nos anos 90 e hoje é líder, com 40% do mercado. O Red Bull Energy Drink, disponível em mais de 160 países, afirma em nota oficial que a combinação de álcool e energético não é recomendada, conforme indica o rótulo de seus produtos. Consomem-se no Brasil cerca de 87,5 milhões de litros de energéticos por ano. É pouco menos que o consumo de isotônicos, bebidas usadas para reposição de sais minerais nas atividades esportivas. Algumas pessoas confundem isotônicos e energéticos, mas eles são totalmente diferentes. Um hidrata o corpo, o outro estimula o cérebro.<br /><br />No Canadá e nos Estados Unidos, os dois países que mais consomem energéticos do mundo, a vigilância sobre o produto é intensa. Os estudos revelam que os acidentes de trânsito mais graves têm a "bebida da balada" associada ao álcool. "Chegamos a um ponto em que as pessoas começam a tomar em jejum, em vez do café da manhã", afirma Albert Schumacher, da Associação Médica Canadense.<br /><br />Um estudo que será divulgado na próxima semana pela ProTeste, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, revela que os energéticos também têm problemas nos rótulos. Marcas como Atomic, Monster, Night Power e Red Hot são mais açucaradas do que dizem ser.<br /><br /></div><br /><br /><br />Fonte:Revista Época-29/01/2011<br />Disponivel em:<a href="http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI206627-15201,00-A+BEBIDA+DA+BALADA.html%20">http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI206627-15201,00-A+BEBIDA+DA+BALADA.html</a>Unknownnoreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-5577552691965986232.post-63694038935093565562008-08-24T02:21:00.001-07:002008-08-24T02:21:48.339-07:00<font size=2><b><br> </font><div align="center"><font size=4 color="#2A6119">Nutracêutico: do definir ao regulamentar <br> </font></div> <hr> <font size=5 color="#2A6119"></b></font><div align="right"><font size=1> Revista Riopharma <br> </font><font size=1 color="#808080">Mar/Abr 2002<br> </font><font size=1><b><i>OPINIÃO <br> </div> <div align="center">Luiz Eduardo Carvalho e Mirian Ribeiro Leite Moura * <br> </div> <hr> </font><font size=2><br> </font><u>Definir antes de Normatizar <br><br> </u></i></b><font size=2>Quais são e como agem os Nutracêu-ticos? Isso nos perguntam consumidores e estudantes. Estes últimos, algumas vezes acrescentam uma terceira pergunta: "dá para me emprestar tudo que você tem sobre isso?". As perguntas são diretas e objetivas, expressando a expectativa de que assim sejam também nossas respostas, além de curtas e imediatas.</font> <br><br> <font size=2>No caso, e para esse tipo de público, uma primeira resposta poderia ser algo como: "nutracêutico é um termo que vem sendo usado para um conjunto de substâncias que se situam numa faixa cinzenta, entre comida e remédio, entre nutriente e medicamento, compreendendo não apenas nutrientes tradicionais, como vitaminas, sais minerais, aminoácidos ou ácidos graxos poliinsaturados, mas também não-nutrientes como as fibras, além de uma ampla gama de substâncias que parecem contribuir para a prevenção ou mesmo cura de doenças, como o licopeno do tomate, o resveratrol do vinho, os fitoesteróis da casca da uva, os lactobacilos vivos e os anti-oxidantes, que podem estar presentes, ou não, em alimentos - então, muitas vezes, por isso denominados alimentos funcionais - sendo que os mecanismos de ação não estão, na maioria dos casos, plenamente conhecidos, baseando-se as afirmativas mais em dados epidemiológicos do que em ensaios bioquímicos ou fisiológicos".</font> <br><br> <font size=2>O problema é que essa extensa resposta - além de conduzir a um mundo de subjetividades e contradições, típicas daquela área cinzenta, não bem delimitada, onde os nutracêuticos se situam - até pode atender a uma efêmera e preliminar curiosidade de consumidores, mas não sustenta, nem orienta, as medidas que devem ser tomadas pelos profissionais envolvidos com a questão, que devem, pelo menos, regulamentar a fabricação, a rotulagem e a propaganda destes produtos.</font> <br><br> <font size=2>Para este tipo de demanda, é preciso uma resposta ainda mais longa e detalhada, fazendo uso de termos bem definidos e com referências a categorias melhor delimitadas. Entretanto, seja pelo atual estágio do nosso conhecimento, seja pelo modelo explicativo que vem sendo adotado, tal resposta não está disponível, nem parece se anunciar no horizonte próximo.</font> <br><br> <div align="center"><font size=2 color="#0000FF"><i>"Nutracêutico é um termo usado para um conjunto de substâncias que se situam numa faixa cinzenta, entre comida e remédio, entre nutriente e medicamento, compreendendo (...) uma ampla gama de substâncias que parecem contribuir para a prevenção ou mesmo cura de doenças, (...) sendo que os mecanismos de ação não estão, na maioria dos casos, plenamente conhecidos, baseando-se as afirmativas mais em dados epidemiológicos do que</i></font><font size=2> </font><font size=2 color="#0000FF"><i>em ensaios bioquímicos</i></font><font size=2> </font><font size=2 color="#0000FF"><i>ou fisiológicos".</i></font> <br><br> </div> <b><i><u>Industrialização demanda Regulamentação</i> <br><br> </u></b><font size=2>Podemos, contudo, reconhecer que existe uma crescente evidência e um forte consenso entre pesquisadores científicos - a partir de dados epidemioló-gicos, ensaios clínicos e conhecimentos modernos da bioquímica nutricional _ acerca de uma acentuada conexão entre a dieta e a saúde.</font> <br><br> <font size=2>Essa evidência incluiria não apenas fenômenos imediatos ou de curto prazo, mas também o desenvolvimento e controle de manifestações de natureza crônica. Certos constituintes particulares dos alimentos - tanto nutrientes como não-nutrientes - apresentariam capacidade de afetar diversos fatores de risco para doenças.</font> <br><br> <font size=2>Não se trata - nem deveria ser assim pensado - de uma descoberta recente, embora seja notório que novas descobertas científicas, assim como novas tendências sócio-culturais, têm levado a uma maior oferta e a uma maior procura por essas substâncias ditas "nutracêuticas".</font> <br><br> <font size=2>Que muitos alimentos exercem algum papel funcional, na gênesis, na prevenção e mesmo na cura de várias doenças, isso foi permanentemente reconhecido ao longo da história da civilização, constituindo fenômeno cultural muito antigo. O que é recente e desperta atenção, demandando ações sanitárias, não são essas substâncias ou alimentos, nem a percepção pública sobre a relação delas com a saúde e a doença. O fenômeno novo é a produção industrial, em escala planetária, dessas substâncias que, embora muitas vezes de origem e natureza alimentar, são colocadas no mercado como formulações farmacêuticas, seja em termos de formato e de embalagem, seja também em termos de canais de comercialização.</font> <br><br> <font size=2>Desse fenômeno de mercado emerge, como desdobramento espontâneo, uma demanda pela elaboração de normas e padrões que regulem a identidade e qualidade dos produtos industrializados, bem como seu comércio, rotulagem e propaganda. E isso não apenas para proteger a saúde do consumidor e a economia popular, mas igualmente para regulamentar a competição entre empresas e para instrumentalizar as ações dos órgãos governamentais encarregados das funções de registro e inspeção.</font> <br><br> <b><i><u>Definições internacionais</i> <br><br> </u></b><font size=2>Embora "nutracêutico" (ou nutraceuticals) seja um termo hoje internacionalmente reconhecido, a verdade é que ainda não existe um consenso sobre o seu significado.</font> <br><br> <font size=2>A bibliografia internacional informa que, em 1996, a Foundation for Innovation in Medicine (FIM), ofereceu a seguinte definição para "nutraceutical" (De Felice, 1996): "<i>a food or parts of foods that provide medical-health benefits including the prevention and/or treatment of disease. Such products may range from isolated nutrients, dietary supplements and diets to genetically engineered `designer' foods, functional foods, herbal products and processed foods such as cereals, soups and beverages"</i>.</font> <br><br> <font size=2>Ou seja, "entende-se por Nutracêutico um alimento ou parte de alimentos que oferecem benefícios medicinais, incluindo a prevenção e/ou tratamento de doenças. Tais produtos abrangem, de nutrientes isolados, suplementos nutricionais e produtos dietéticos, até alimentos <i>engenheirados</i> ou "desenhados" através da genética, passando por fitoquímicos e ainda por alimentos tais como bebidas, sopas e cereais.".</font> <br><br> <font size=2>Já a Agência de Saúde do Canadá, por outro lado, assume que "um nutracêutico é um produto isolado ou purificado de alimentos, o qual é vendido sob forma medicinal não usualmente associada com alimento. Um nutracêutico demonstra ter benefício fisiológico ou fornece proteção contra uma doença crônica".</font> <br><br> <div align="center"><font size=2><i>"Enquanto os novos alimentos ambicionam ser vendidos no varejo farmacêutico, os novos "medicamentos" ambicionam ser vendidos nos supermercados e outros pontos de varejo de alimentos, o que parece reflexo natural do conceito adotado para o produto: algo no meio do caminho entre alimento e medicamento".<br><br> </font></div> <b><u>Obstáculos para a Definição e Normatização</i> <br><br> </u></b><font size=2>A existência de muitas designações em conflito constitui, também, outro obstáculo para a Normatização. Além do termo "nutraceutical", são também facilmente encontrados termos como: functional food, medical food, healthy food, designed food e muitos outros, chegando quase a duas dezenas.</font> <br><br> <font size=2>As companhias farmacêuticas parecem preferir termos como medical foods, nutraceuticals e functional foods, enquanto as indústrias de alimentos estariam optando por nutritional foods e functional foods. Enquanto as primeiras fazem uso de um approach pelo enfoque da medicina, estas últimas, de alimentos, priorizam o approach nutricional em suas definições de produto e suas campanhas de marketing.</font> <br><br> <font size=2>Outro conflito já bem visível é que enquanto os novos alimentos ambicionam ser vendidos no varejo farmacêutico, os novos "medicamentos" ambicionam ser vendidos nos supermercados e outros pontos de varejo de alimentos, o que parece reflexo natural do conceito adotado para o produto: algo no meio do caminho entre alimento e medicamento.</font> <br><br> <font size=2>Tudo isso já não pode ser visto, nem pensado, então, como uma questão semântica subalterna. Parece óbvio que a construção do conceito - e seus conseqüentes desdobramentos, principalmente em termos normativos - mexe com um vasto e complexo conjunto de interesses empresariais, o que complica e dificulta o processo de normatização que, já do ponto de vista estritamente técnico-científico, era por demais complexo e dificultoso.</font> <br><br> <br><br> <font size=2><b><i><u>Literatura Consultada</i></b></font> <br><br> </u><font size=2>1. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Aprova o regulamento técnico que estabelece as diretrizes básicas para análise e comprovação de propriedades funcionais e/ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos. Resolução nº 18, de 3 de dezembro de 1999. <br><br> 2. CÂNDIDO & CAMPOS. Alimentos Funcionais - Uma Revisão. Bol. SBCTA, v.29, n.2, p.107, 1995. <br><br> 3. DEFELICE, S. L. The need for a research-intensive nutraceutical industry: what can congress do? (the claims research connection). In S. Shaw (Ed.), Functional food, nutraceutical or pharmaceutical? 15-26 p. London:IBC, 1996. <br><br> 4. NANCY, M. Functional Foods and Market Entry. The World of Ingredients, out/nov, p. 36, 1994. <br><br> 5. PARK, Y.K. et al. Recentes Progressos dos Alimentos Funcionais. Bol SBCTA, v.31, n.2, p.200, 1999. <br><br> 6. PETER FÜRST. Moderated discussion. American Journal of Clinical Nutrition, v.71, n.6: 1688S-1690S, June, 2000. <br><br> 7. ROBERFROID, M.B. What is beneficial for Health? The Concept of Functional Food. Food and Chemical Toxicology, n.37, p.1039, 1999.<br><br> <br> </font><font size=1><b><i>* Luiz Eduardo Carvalho (luizeduardo @ufrj.br) é Professor do Departamento de Produtos Naturais e Alimentos da Faculdade de Farmácia da UFRJ. <br><br> Mirian Ribeiro Leite Moura (mmirian @gbl.com.br) é Professora do Departamento de Produtos Naturais e Alimentos da Faculdade de Farmácia - UFRJ e Presidente do CRF-RJ.</i></b> <br> </font>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5577552691965986232.post-66532925043065144522008-07-14T08:44:00.000-07:002008-07-14T05:02:38.161-07:00Bebidas energéticas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKOQgyeFvQZZvAfQizXmIX3lcgaj5mkPmBg27QKJATgOWeqALObSC12hU_fHxCm2dXdjORa1te9Jsql5f7803LpM9YkChyphenhyphen27OznoXNEzwanmjGzm-HZAY9NQwLdv5P_R-1Op10w1lUj6c/s1600-h/b88b992655d28584ee7533c4bd300daf.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5222838084676038498" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKOQgyeFvQZZvAfQizXmIX3lcgaj5mkPmBg27QKJATgOWeqALObSC12hU_fHxCm2dXdjORa1te9Jsql5f7803LpM9YkChyphenhyphen27OznoXNEzwanmjGzm-HZAY9NQwLdv5P_R-1Op10w1lUj6c/s320/b88b992655d28584ee7533c4bd300daf.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br /><span style="font-family:georgia;"><strong>Atividade das bebidas energéticas no organismo<br /></strong> O consumo de bebidas energéticas vem se popularizando em todo o mundo, principalmente entre jovens. Elas são compostas por diversas substâncias, dentre elas a cafeína e taurina, sendo a primeira um estimulante potente do SNC, levando a maior atenção nas atividades devido ao aumento no poder de concentração.Observa-se também aumento na agilidade de músculos em respostas à estímulos,são bastante eficazes em caso de solência e principalmente usado no combate ao cansaço físico por poupar energia da musculatura e usar fontes de maior energia , as gorduras acumuladas no corpo.<br /> Entretanto, alguns efeitos maléficos podem ser observados quando consumido em altas doses, acima de 1g, o equivalente a 13 latas de Red Bull, por exemplo, onde há aceleração no ritmo cardíaco, aumento da temperatura corporal e da pressão arterial.<br /> Quanto a taurina, ela compõe os sais biliares que respondem na absorção de gorduras, atuando como regulador do equilíbrio das células nervosas no metabolismo e na transmissão de mensagens entre as células,possui também efeito antioxidante e detoxificante.<br /> Nas células do coração pode ter efeito de aumento na freqüência cardíaca, podendo desencadear em disritmias. Portanto, realizar atividade física logo após do consumo de bebidas energéticas é desaconselhável, podendo levar ao aumento da pressão arterial, disritmias, desencadeando em sobrecarga e infarto fulminante.<br /> No entanto, a concentração de componentes do produto é muito alta. A absorção desses nutrientes não é satisfatória, gerando acúmulo de água e aminoácidos na luz do intestino, promovendo diarréia intensa e desidratação.<br /> No entanto, a bebida pode ser consumida moderadamente para melhora na concentração durante aprendizagem, sonolência e fadiga muscular.<br /><br /><br /><br /></span><span style="font-family:georgia;"><strong>Associar ou não bebidas alcoólicas e energéticos?<br /></strong><br /> As bebidas energéticas têm o propósito de oferecer energia a pessoa que a ingeriu, para realizar de forma satisfatória as atividades do dia a dia. Sendo compostas por grande quantidade de açúcar (levando ao acúmulo de calorias e ao ganho de peso) e por taurina e cafeína, fazendo com que os energéticos funcionem como estimulantes, já que atuam fortemente no sistema nervoso.<br /> A mistura desse tipo de bebida com as bebidas alcoólicas causa um efeito muitas vezes perigoso. A cafeína, igualmente ao álcool pode promover desidratação, sendo que a associação intensifica esse efeito.<br /> Estudos mostram que a taurina diminui os efeitos do álcool, o que acarreta num aumento do consumo desta substância de forma despercebida.<br /> Os riscos desta mistura não são descritos nos rótulos das bebidas energéticas, há apenas o aviso: “NÃO É RECOMENDADO O CONSUMO COM BEBIDA ALCOOLICA”, colocado em negrito, letras pequenas e ocupando um espaço mínimo na embalagem, sem prejudicar a propaganda do produto. O Red Bull, por exemplo,um energético conhecido e muito consumido, apresenta em seu rótulo o aviso descrito desta forma, bem como, os energéticos Flash Power, Burn ( Coca-Cola). Portanto isso representa um risco a saúde do consumidor. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><br /> </div></span>Unknownnoreply@blogger.com16